Um grande escritor disse uma vez: “Uma vida cheia de promessas falidas e sonhos furados. Um espetáculo sem público. Um show sem artistas. Uma van sem groupies para nos lamber a virilha”. Oops, foi eu quem escreveu isso. Indo pro quarto mês sem ver um 💴 real. Perspectiva zero de melhoria de vida. Meus sonhos foram esquartejados e eu continuo por vã teimosia, pois no frigir dos ovos, na contagem dos ganhos, você é o que você tem. Eu tenho um carro velho, uma calça furada, alguns instrumentos musicais, um computador podre e um monte de sonhos empilhados nessa chacina vital. Mais valia. Não me manifesto, pois sei que meu status na Matrix é frágil e delicado. Qualquer movimento errado posso ser escarrado pra viver algo mais degenerativo. Inexisto. Continuo (a existir) por uma teimosa subjetiva e burra; essa vida sem vida não é vida pra ser vivida... Quem tem a bola manda no jogo e eu não vim para essa vida pra ser gandula - ao menos sempre acreditei nisso -, mas estou lá, pegando a bola no bueiro, passando a própria camiseta para limpá-la. Por mim entregaria os pontos, mas algo anímico em mim não deixa: essa esperança burra por dias melhores, por feriados mais brilhantes, por uma vida safa, por amores épicos e um pingo de prosperidade. No final ficam esses textos que não passam de indiretas para o criador do Universo, esses gritos inaudíveis de desespero e pedidos ocultos de ajuda e norte.

1 comentários:

Gabriel Tapiti disse...

Obrigado por expressar sua arte/dor/indignaçao ou qqqer sentimento q vc exprime. As suas palavras fazem um grande impacto na minha vida. achoq o primeiro texto q eu li seu falava do leite com cafe granulado de formiga. Valeu, desejo q vc esteja bem

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