Outro

NucleaR Reggae Stylie​ na reta final. Vou comemorar chapando a mente com uma salada de brócolis e ficar doidão tomando um suco de limão. Queria até discorrer sobre isso. Sobre a lenda do escritor quebrado e bêbado. Sobre a lenda do vocalista drogadão. A lenda do performer entupido de LSD. Enfim. SÂO LENDAS. Creio que qualquer pessoa altamente influenciável, que sofre com as "pressões" sociais de grupos específicos, que não se encontrou psicologicamente e procura o afeto que não encontrou em seus pais (na fase de 1 à 5 anos), que precisa demonstrar para alguém que ele(a) faz "parte de algo", e sofre de uma infantilidade inconsciente, vai cair em algo que chamo, nada carinhosamente, de "Síndrome de Bukowski". Essa síndrome descreve pessoas quais vivem "personas", vivem em personagens criados por outrem, acreditando que elas são autênticas, são "excluídas", são "únicas" e "incompreendidas". São personagens criadas por modismos de épocas e muitas vezes são arquitetadas por uma indústria que está tentando atingir setores menores de uma "sociedade" (Leia-se a "Cultura Beat", por ex). Vê-se essa síndrome em punks, rastafaris, alternativos, hypes e esses modernetes quais esqueci o nome atual, pois estou cagando para eles e etc. Eu creio em liberdade. E creio que essas pessoas tão descoladas, no fundo, querem ser livres, mas ao tentarem expressar sua liberdade eles acabam caindo na velha mesmice e seguem um líder e seguem uma moda e seguem um estilo e seguem toda uma gama de atitudes iguais a de milhares de outras pessoas na cidade. Ou seja. Quanto mais essas pessoas querem expressar uma unicidade, mais eles são meras cópias. Mas o que quero dizer é: essas pessoas, essas cópias industrializadas de estilos e pensamentos maquinais querem ditar o que é "legal". Ou seja. Se eu, ex-adicto, decido tomar um suco em uma balada, ao invés de tequila, eles vão tentar, de alguma forma, me excluir de um grupo ao qual eu não tenho o mínimo interesse de participar. Ao escrever que vou comemorar comendo salada de brócolis eu já estou automaticamente sendo excluído por várias pessoas que me admiravam quando eu vivia emaconhado 24/7. Aí que está a parada. Eu creio na liberdade individual. Como disse alguém "Mesmo eu não concordando com você vou defender seu direito de dar sua opinião". Só acho uma imbecilidade alguém querer me definir, querer que eu faça algo que ELA QUER QUE EU FAÇA para que eu seja exatamente aquilo que ela acha que eu seja. Vão se foderem. Enquanto vocês se guiarem para serem aceitos por grupos, enquanto vocês copiarem a atitudes de seus líderes e ídolos, vocês NUNCA serão ninguém. Respeito a opinião, mas isso não me exclue de achar esse povo como dementes retardados. O incrível é que quando eu chapava ficava triste por ter a sensação de não estar inserido nas paradas. Agora hoje eu saio na noite e se eu quiser (e reparam, eu disse: se eu quiser), eu "pego" 4, ou 5 mulheres na noite e eu decido se vou sair com alguma depois por que eu estou no comando do que eu quero fazer, por que eu sou livre e não preciso de grupo e não preciso provar nada a ninguém, não preciso de aprovação, nem validação alheia e meu ego não vai se ferir se tudo der errado, se eu for excluídinho de uma situaçãozinha, simplesmente por que tenho a mim. Eu sou a porra da festa. Eu sou a porra do meu grupo. Eu lidero. Eu comando. Eu decido as sendas. Não preciso vestir o manto de artista. Por ex. O cara é um puta dum playboy, que vive bem pra caralho, mas para a "massa" ele diz ser um cara quebrado e bêbado que faz literatura por que seu gatinho morreu -- e isso é o maior drama da porra do universo (Síndrome de Bukowisk). A arte é a expressão maior da liberdade da alma humana e esse povo veste mantos e vestem máscaras e acreditam que todos devem seguir um roteiro não escrito de como agir ou ser. Por ex. Se o cara curte Nirvana tem que tomar heroína. Se o cara curte rap tem que só falar de favela e "realidade". Mas aí tem outra parada. A realidade depende única e exclusivamente do observador, mas nem vou entra nessa questão. Só acho uma imbecilidade essa coisa de ter que "cumprir rituais de ser". Não. Os ritos que se fodam. Os roteiros que tomem no cú. Eu faço o que eu quiser, da maneira que eu quiser e em minha opinião essa é a maneira mais correta de se viver, sem provar nada, sem buscar validação (concorde você ou não). Antigamente eu tinha preconceito com sertanejos, com funkeiros e até com caras de cabelo espetado, mas, porra, quem sou eu pra me doer ou me preocupar com a imbecilidade alheia? Eles são livres pra viver da maneira mais imbecil que quiserem, mesmo que eu não concorde. O problema é que não se vive para si, mas para os outros e estou num ponto da minha vida em que, cenicamente falando, os outros nem existem. Vocês e suas opiniões, para mim, são como placebo queimando fogueira. Passar bem.