Eterno & efêmero
O relógio da Galeria Pagé diz:
Não tenho tempo para perder com as verborragias da vida, preciso ser sucinto e conciso, virar os copos de licores malévolos e sanguinolentos; encontrar minha redenção loquaz em valas fétidas e prostitutas de salto alto que navalham a alma de carteiras abarrotadas com fotos de esposas infelizes.
Não tenho tempo pra ficar velho e nunca ficarei, mas a morte corre atrás de mim com seu possante carro “tunado”, e eu estou na porra de um fusca 67 com um só carburador fazendo sinal de fumaça para que a urgência de minhas palavras sejam lidas por outros loucos e aflitos que fazem roleta russa com armas automáticas e arrumam brigas pelo simples prazer de sair do mundo real e serem reis de si mesmo.
Não tenho tempo para sua piedade muito menos para o seu olhar altivo; não tenho tempo para narizes empinados de vadias analfabetas, não tenho tempo para idiotas.
Mas perco meu tempo em futilidades luxuriosas, escárnio à vida, roubar os cds de blues do meu pai e ficar olhando fotos idiotas em busca de inspiração!

6 comentários:

claudia disse...

cada um escolhe aquilo que lhe convém.....
beijo

Luita disse...

Manejar a língua portuguesa...
Passagem que não podemos deixar de observar em textos como este: assimilação do idioma como instrumento neutro para a criação de uma linguagem pessoal instauradora de novos significados...
Mas eu sou uma teórica idiota, hahahahah, bjs meu lindo!

anninha jamile disse...

deito no chão, exausta, quase sobre a sombra e sinto teu cheiro, entre os restos do dia.

arrudA disse...

poeta tunado

abs de arrudA

patricia duarte disse...

mano blue, informação urgente! Suas palavras escaparam da memória ram do seu computador e estão vagando por várias telas desconhecidas nesse mundão sem porteira. E são sempre bem vindas.

Madame disse...

a galeria pajé é um universo paralelo, ainda bem que tenho tempo para te ler...beijos de mim

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