Solitário habitat
O vulto cabisbaixo diz:
O telefone não toca e não tenho pra quem ligar,
Cartas não chegam e não tenho para quem escrever,
Não recebo e-mails e não tenho para quem enviar,
Olho, olho, olho e sei que ninguém eu vou ver.

Ando pelos tristes cômodos e nem assombração me acompanha,
Preparo o jantar e uma antiga musica lenta,
Enquanto a outra cabeceira da mesa está (e vive) vazia...
Vejo meu triste coração cheio de teias de aranha,
Através de uma janela onde a solidão habita.

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