Adendo aos intrépidos beneméritos intemeratos

Há um bom tempo não escrevo nada relevante, aqui, neste blog. Na real fiquei quase dois anos sem escrever um texto efetivamente literário. Fiz sim, umas ou duas prosas-poéticas, mas nada constante e nada do jeito que realmente gosto de fazer (leia-se: texto longo e inumeráveis). Nesse meio tempo trabalhei muito com o meu projeto Sarau Portátil (que mescla algumas produções sonoras que fiz, com trechos de textos autorais - e que conta com algumas participações especiais em áudio) e com o Verbos Curtos, que nasceu no CICAS (centro cultural de cultura alternativa e social), juntamente com meu irmão de letras, o Bebeto Cicas. O Verbos surgiu quando o CICAS era apenas um galpão abandonado (bem antes de se tornar pop e esquecer os hermanos de arte que moram no entorno), que teve inicio como um sarau a luz de vela (pois ainda não havia luz no CICAS), que reunia um bando de amigos que liam trechos de livros, e, majoritamente, Bebeto e eu lendo nossos textos autorais e tocando nossas músicas malucas em nossos violões encantados. Fizemos várias apresentações com o Verbos, em vários locais da cidade, um pouco antes dos saraus virarem este boom enorme que hoje se tornou num lodo egocêntrico de babacas ignóbeis metidos a intelectuais, na cidade (SP), mas tudo bem. Nesse tempo e meio fiz vários vídeos, me apresentei com o Sarau Portátil em alguns locais, mas ele tomou uma proporção bem legal em matéria de ser, digamos, "conhecido", web afora. Inclusive até saiu na primeira e segunda edição do "Pontos de Poesia", mas isso é só um "título", só um nome em um papel distribuído pela cidade pela Poiesis... Mil promessas, mil convites, mil vezes recitando e nesse meio tempo fiz vários vídeos, vários para o Sarau Portátil, alguns auto-clipes, entrevistas, matérias, documentários e etc. e tudo isso no âmbito "independente" de "vou fazer por que eu quero e pronto". Mas destaco dois dos, digamos, últimos vídeos, que mais gosto, que é um clipe que fiz para um gringo chamado Jay Masari, lá de NY, o "Last Of A Dying Breed" e meu documentário "Liberdade, Uma Prisão Sem Muro".


No mais fiz tantas músicas que chega a ser incontável, inefável para ser mais poético. Gravei um play ao vivo de um projeto autoral, que mistura samplers com música brega, o Paulistanas Depravadas ( www.myspace.com/paulistanasdepravadas ), com onze músicas que considero fodas e que dizem muito sobre minha vida, minha personalidade, coisas que passei, enfim, diz muito sobre mim, ao menos pra mim, que tecnicamente sei tudo sobre mim (é o que ligeiramente acho). Criei outro projeto sonoro, a menina dos meus olhos depravados, o Fronteira Hits, onde estou em fase de criação do segundo play, alcunhado de "MaicknucleaR Versus As Divas da Rádio" e que tem quase trinta sons (e contando) - www.reverbnation.com/fronteirahits -. Enfim, todos sons que criei, tanto sozinho, instrumentais, sons ao vivo na casa do vagau, da minha extinta banda UzzmetralhA, do Paulistanas, do Fronteira, Do Sarau Portátil, do Verbos Curtos, estão todos disponíveis no player à esquerda do blog. O player não segue nenhuma hieraquia, do jeito que subo pra net é o jeito que ficam, só tentei dar uma alternada entre um e outro, enfim.


Bem, o que me deixou sem escrever, como digo aos mais íntimos, foi o fato de perceber a palermagem literára existente nesse país. De ver como confraria, boquetes e amizade fazem pessoas serem "lançadas" e eu me fodi por não querer jogar esse jogo maldito e continuo sem vontade de querer jogá-lo (e o Sarau Portátil é uma afronte explícita a qualquer escritor vivo!). Fiquei saturado de ver quanto imbecil era (e hoje a coisa tá mais feia que o quintal do capeta após um vendaval) idolatrado só por trabalhar em jornal x, site b, ser amigo de fulano y. E como a futilidade psicológica e textual estava literalmente varrendo a boa literatura do país, pois, escrever bem qualquer jornalista, da manipuladora e mentirosa Folha, pode fazer, mas fazer literatura, com erros e com alma, ninguém faz neste país. É tudo um jogo de beber com determinados "nomes", ser publicado em determinados sites, dar entrevistas pra certos programas, ser publicado por um editor que só quer te chupar ou te comer. NÃO HÁ E NUNCA OUVE UM FODÃO NA LITERATURA BRASILEIRA, ao menos desde 2005, quando cai de pára-quedas nesse poço de merda! O que há é uma lambeção escrota de sacos escrotais e vendo isso decidi parar de ficar escrevendo um monte de coisa com alma, com uma elaboração digna de um Einstein relativizando tudo, para alguns fulanos lerem e me dizerem a coisa mais típica de um boy abilolado (o máximo que a mente deles podem alcançar) que é "Legal, brother". É um meio onde só há gente tapada, onde tem imbecil que ainda escreve textinhos bobos que sempre te mandam fazer algo: "faça, viva, experimente, curta". Ah, vão se fuder seus escritores de merda, vão todos vocês tomar no cu. Por favor, casem-se e fundem uma comunidade movida a bourbon e sarau ruim, cheio de ovações a balelas e me deixem em paz.

Fico envergonhado de ver quanto escritor, ator, diretor tem no meu facebook e ver por suas frases e citações, como eles são uns completos imbecis! Um bando de "fodões" babacas que só falam merda, pensam bosta e teimam em querer demonstrar o quanto são imbecis ao mundo com suas frasezinhas ruiiiiiiiiiiiiiiins. Que é isso, porra? Pior é que o mundo está tão imbecilizado que tapados idolatram os tapadões e continua essa tapação tremenda. Sério, como tanta escritora boba cita um cara que carpineja? Puta que o pariu, é o fim dos tempos! Inclusive tem um cara que conheço que se orgulha me dizendo que leu 15 mil livros e não passa de um BABACA. com todos os B's e A's.

Sério, só há um escritor no Brasil, que considero digno de ser chamado de escritor, que é meu amigo Robson Araújo. E em todo território nacional só há UM verdadeiro intelectual, que é o Olavo de Carvalho, que só peca por ser catolicismo excessivo. De resto é só gente que estava no lugar certo, bebendo com a pessoa certa, ou mora em uma quitenete no centro de São Paulo, ou em qualquer lugar da Vila Madalena ou Higienópolis ou é só mais um puta boy ou bóya que entope o cu de bourbon e teima em dizer que é "perdedor(a)" - é moda entre eles, ouvir jazz-blues e se martirizar com mentiras -. Aí, como alguém que leva a coisa a sério, que faz com alma e esmero vai querer continuar num meio desses? Tem que ter muito sangue de barata ou uma hiperbólica babaquice embutida, só pode. E depois nego me diz que devo escrever. Mas pra que, pra ouvir "legal, brother" de um semi-bicha, sofista até o âmago do reto, cheio da retórica de faculdade e pompa de sabedoria alheia? Essa gente que se sente melhor por que leu um livro que na mente deles ninguém leu. Mas que iditice é essa, porra?

Por desencargo de consciência, por tanto me encherem as bolas pra que eu volte a escrever, mandei uns trechos do "Dançando Valsa Nos Salões Do Inferno" para algumas editoras de São Paulo e o povo se surpreende quando digo que foi dinheiro perdido, pois nunca vão publicar. E pq não vão publicar? Simplesmente por que fiz com alma, esmero, espírito de verdade, é um livro que tem história, mensagem, sublimação, estilo próprio e autêntico. Não fiz pra ganhar boquete num "barzinho" da Vila Madalena, nem para aparecer no Entrelinhas com uma máscara ninja, eu fiz por sublimação pessoal, e, em última instância, pela sublimação de quem ler (pois sei quantos babacas estão aí se mordendo para julgar tudo que não entendem, para criticar todas minahs vírgulas). E é por isso que fiquei tanto tempo sem escrever. Não por falta de inspiração, como acontece com quem não tem pau pra se manter fodendo, mas por mero ódio de ver tanto babaca nessa merda.

Enfim, voltei a escrever devido a um convite de Paloma Kliss, para fazer um texto em conjunto (que pelo que ando sentindo vai morrer na praia) e isso me fustigou tanto o hábito de escrever que criei o blog "Brasil Um País da Elite", que chamo de "BlogNews", que em suma é só um lugar para falar de geo-política e das asneiras que me incomodam em âmbito global.

Bom, ando com muita vontade de escrever os textos de sempre, mas com meu jeito de hoje, mas ainda tô puto, não consigo jogar minha alma em um blog para meia dúzia de, de... "gente" ler. Mas me conheço, logo monto algum blog ou sei lá o que, mas aí vai tem que ser um trampo específico, pra algo que ainda não engendrei. Mas é isso, não vou abandonar este blog, vou publicar as novidades aqui, inclusive se criar algum novo projeto para escrever, mas pra finalizar este post, vou deixar o último texto que fiz, usando de minha estranha prosa-poética, para este blog que agora só vai ter "novidades". No mais, tem um link ao lado esquerdo do blog, chamado "Minhas outras atividades, onde vocês podem encontrar links que levam as diversas coisas que andei criando. Inté (pra quem não se doeu).


INTEMERATO
(MaicknucleaR)

Infausto, não incauto. Quando alto salto no holocausto e percalço lucros de outrora sem fim. Em toda sua santidade o claustro! Expansivo esgrimo à tela um cosmorama em retrato pardo, estraçalhado, o degredo desta insensata confraternização da sociedade.
Se dizem que falo grego, que meu remédio não faz efeito, pois foi feito nesta grande e mundana casa; é por que eles nunca me convidam para estas festas de letrinhas pobres. É por que, hoje, tudo o que é (literariamente falando) Nobre; é o ato ou efeito de balelar! E se este povo quer tanto assim esta incomensurável BALELA-CIRCO, hoje tudo que assisto é poetinha balelar.
Guarde seus decassílabos diarreicos, endeusados pela massa de sectários-retardados-cult, oh poeta de merda. Fique em pé na cadeira e prepare a forca, pois esta conversa não encerra até deus me capotar...
Suas armas, oh nobreza, são Títulos-De-Antas
Echarpe da pompa,
Nariz empinado arremetendo seus blogs em taças com cerveja superfaturadas.
Mas calma lá:
não há nada de genial neste bando de lâmpadas - em Curto -,
há Antas-Título,
episódios repetidos de um hiperbólico blá-blá-blá.
Frívolos e triviais em suas churumélas doentias.
Opacos vermiformes de status comprado.
Gleba infértil no Circuito Dos Sem Talento.
Rebentos da política chupatória que habita as panelas do estrelismo literário.
Escribas, nada mais que escribas usando a mais nobre arte como tema
para um estelionato político em recitais do reino sitcom.
E mando bala no espantalho mesmo sem seus clássicos de merda ter lido, pois se aqui hoje me arrisco é por que vim com alma e jorrando verdade. E se respeito tanto as letras assim como cago para a vil futilidade paulistana-central-nobre, isto é um sinal evidente de que aos padrões milimetricamente quadrados deste conluio de “sócios”: eu não sou normal.
E porque não chorar as uvas? Só não vem pagar de estigma.
Sei que tremes pra minha rima, mas nem vem Classificar.
Tenho arte, não “Classe”, sou o maldito Az da Bic.
Sou o Pato-Purific da privada literária!
BraZil mostra a cara. O segredo de minha aurora cataclísmica é a vida, ausente de mesquinharias crítica do tão célebre Balelar.
E continuo abominando os que vão “beber em fontes”. E que precisam “flertar com sei lá o que” para poder escrever. E, meus caros, nada de “dialogar com diabos inanimados”. E chega, em nome de algo santo, de “criar panoramas”. O segredo do fazer é fazer e pronto. Assim como este maldito ponto final: Ponto.

0 comentários:

Postar um comentário