Prazeres infláveis
O açougueiro diz:
De sua fruta ela faz sua labuta.
Uma permuta: "Dê me o dinheiro e você me desfruta".
Consciência sem culpa, mente que não se prescruta,
não precisa ter uma desculpa, agacha e simplesmente chupa!
Dona das madrugadas que pela noite perâmbula,
perigos e insanidades nas esquinas escusas,
desprazeroso atrito em quebradas escuras,
onde a solidão é companheira e a camêra é a lua.
Num frio de rachar lábios ela anda semi-nua,
no carro de algum otário ela empina sua bunda,
arriscasse a ser presa numa "gulosa" em plena rua,
num hotel de terceira ou num motel de quinta ela pode ser sua.
Compre o amor de vento, o prazer de plástico; desfrute da tenra fruta,
permuta é a labuta sem culpa de uma puta que suga e depois se enxuga de volta a rua!
Texto retirado de "Ensejos Nucleares". Copyright © 2005 MaicknucleaR/AltacasA.