Prescindível
Sobrevivo da virtude teologal dos seres que me abominam,
Estertoro-me no exílio da quina ao fundo da sala de aula,
Perscruto minhas insanas divagaçãos taciturnas em busca de alguma resposta atroz que extermine minha divícia,
Ignoto homem deitado ao léu do céu com fél de aluguél,
contumaz as vezes, porém sempre tentando comprazer,
Frívolo nobre homem deitado,
Frívolo nobre EU,
Extenuado de falsas volupias divinas,
Soletro: M.A.I.C.K e mesmo assim não sei O QUE sou eu,
Humano?
Insurgente?
Hediondo?
Efêmero embuste da vida!
Na verdade sou ingente...
Deletério de mim mesmo,
Deitado na alfombra de concreto,
Fui a criança esquecida nos cantos das festas que se dava bem por sorte,
Merencório, altaneiro e prescindível.

O Pai traduz:
Dispensável
Sobrevivo da caridade de quem me detesta,
Agonizo no esquecimento da quina do fundo da classe,
Indago minhas insanas viagens tristes em busca de alguma resposta desumana que extermine minha riqueza,
Desconhecido homem detado ao léu do céu com bílis de aluguél,
Teimoso as vezes, porém sempre tentando agradar,
Futil nobre homem deitado,
futil nobre EU,
Soletro: M.A.I.C.K e mesmo assim não sei O QUE sou eu,
Humano?
Revoltado?
Depravado?
Passageira mentira da vida!
Na verdade eu sou grandioso...
Destruidor de mim mesmo,
Deitado no tapete de concreto,
Fui a criança esquecida nos cantos das festas que se dava bem por sorte,
Melancólico, elevado (na soberba) e descartável.
opastrame.falai.net