"Criado em dezembro de 2008, por MaicknucleaR (autor de Meu Doce Valium Starlight – Dulcinéia Catadora, 2007), o Sarau Portátil é resultado da miscigenação de literatura independente, marginal, maldita, underground (e seus elementos cênicos como os recitais) com samples cem por cento brasileiros de rare groove, soul e psicodelia dos anos 60, 70, resultando em um rap-indie dubeado totalmente de vanguarda. Todos samples foram produzidos por MaicknucleaR e todos textos recitados são trechos de textos também de MaicknucleaR, ou dos autores convidados como Ricardo Carlaccio, Mário Bortolotto, Samantha Abreu, Robson Araújo e Humberto Fonseca lendo seus respectivos textos. O Sarau Portátil é a elevação artística feita com equipamentos rústicos e sublimação criativa que joga os velhos e pomposos recitais à vala através dessa inesperada mistura de poesia alta qualidade com música urbana de elementos cinematográficos. Este projeto é a mistura de música com poesia, que utiliza riffs pesados e batidas violentas, unidos a trechos de textos de MaicknucleaR, que são interpretados sobre a base musical criada pelo próprio autor. + info. sons, downloads, clipes, etc.: myspace.com/sarauportatil "
Trecho:
“Em algumas noites: o chão não está mais lá! E sob o manto escuro, salpicado com lindas luzes azuis, distorcidas e mortas, há uma maré de aromas arábicos e voluptuosos, que são lançados no mar do clima (no) ambiente, como cardumes de feromôneos notífloros, revoltos e flutuantes……Renda-se aos desejos mais extremos, quando as flores tornarem-se borboletas entrevadas e os olhos vermelhos dos muros de áurea roxa, presenciarem histórias que jamais poderão contar… [Quando olhares transmutam-se em espelhos no teto — ou em toalhas em saquinhos lacrados, ou em sabonetes inodoros de 5 g — e taças viram uma cascata de suor alcóolico que deságua sobre um corpo quente, macio e qualquer: Diga que tudo foi apenas uma fraqueza momentânea] Em noites mornas, de ventos frios, da pele gelada e alma em brasa: tudo na paisagem é turvo, pois o mundo fugiu, levando nossa dignidade, embaixo do braço. Às vezes, nos enroscamos no asfalto. Tropeçamos em formigas. Vomitamos porra na boca da castidade que andava de salto e minissaia, pelo sereno de uma vida nada fácil…
…é, e mesmo chafurdando a pica num fast-food que escreve o número errado do telefone, num guardanapo de padaria que logo mais virará uma fraldinha de fumaça, mesmo assim: nem tudo é acessível como lojas de conveniência e mercados 24 hs.
Hoje as damas da noite foram presas por porte ilegal de arma enquanto exalavam um acre odor de smirnoff ice, maconha e líquidos amarelos e ácidos que correram de suas bucetas beiçudas e ganharam o mundo. E no banheiro da justiça, o cinco contra um é o entrevêro da frustração carnal.
As paredes?! Ah! as paredes. Elas continuam indo e vindo… As legendas amarelas-tremulas, parecem estar em russo… Meu saco está suado… —Merda! Não tem toalha nesta joça.
www.myspace.com/sarauportátil
1 comentários:
Fala mano mandei bizé transferir o galo não sei se já teve tempo muita ação familiar as minhas meninas e aí qualé de mermo?
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