Um dos tipos de som que mais escuto em casa é o cabuloso (e não há outra definição na terra para o) Soul. Tanto que ando maquinando um "especial Ann Peebles" pra onlineatomicradio.bravehost.com. Ann Peebles é minha cantora de soul favorita, pois ela é a, digamos, a que tem um jeito mais maloqueiro de cantar, suas bases são ultra malandrísticas, os metais são perfeitos, as linhas de baixo são de fazer qualquer músico babar e fora que ela tem a divinal voz que sai direto do âmago da alma, do útero musical, para o microfone. O som acima é o monstruoso Sunday kind Of Love na voz de Etta James. Na seqüência segue o texto "Estretiche" na versão recortada para o Sarau Portátil, mas a Estretiche original pode-se encontrar ao lado esquerdo do blog, em "arquivos de textos". That's all folks.
6- Estretiche ( MaicknucleaR )
Estretiche. Perdida no metrô um tanto Quântica. Um cálculo infalível. Soma de um velho título. De uma velha decadência pertencente aos anjos que caem bêbados no chão: a beleza do inferno. Derrama o cósmico mágico no que já é explícito ao sermos nós mesmos! Esparrama essa vital impul(sa)ção desesperada. Estratégia. Vai. Some no retrovisor. O portal derradeiro das coisas inseguras, como fogão em finas placas polares. Milhões de quilômetros a um palmo de distância. Vem. Espero-te no lúdico. Aquele com bandeirinhas de países e luzes Heineken. Quem sabe somewhere over the rainbow, quem sabe no frio vazio do estacionamento desbotado-cinza. Hei señor: don' think. Já viu asfalto azul? Coisa boba, mas nada se iguala. Vem. Fetiche. Reverbera a luz do poste em minha rima entrevada. Meu beco favorito é o diabo no corpo das que tocam guitarra. Reluz cabelo ouro bruto, com propostas cênicas; cheiro-cio saindo pela boca. Expelindo conhecimentos profanos e tornando um louco, sultão. Imagens, amostras delas, rabiscadas em sugestões sensuais de panos malucos.
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