Prazeres infláveis
O açougueiro diz:
De sua fruta ela faz sua labuta.
Uma permuta: "Dê me o dinheiro e você me desfruta".
Consciência sem culpa, mente que não se prescruta,
não precisa ter uma desculpa, agacha e simplesmente chupa!
Dona das madrugadas que pela noite perâmbula,
perigos e insanidades nas esquinas escusas,
desprazeroso atrito em quebradas escuras,
onde a solidão é companheira e a camêra é a lua.
Num frio de rachar lábios ela anda semi-nua,
no carro de algum otário ela empina sua bunda,
arriscasse a ser presa numa "gulosa" em plena rua,
num hotel de terceira ou num motel de quinta ela pode ser sua.
Compre o amor de vento, o prazer de plástico; desfrute da tenra fruta,
permuta é a labuta sem culpa de uma puta que suga e depois se enxuga de volta a rua!

Texto retirado de "Ensejos Nucleares". Copyright © 2005 MaicknucleaR/AltacasA.

3 comentários:

Camila disse...

Já falei pra você que no meu TCC (trabalho de conclusão de curso), a primeira parte foi feita de fotografias de prostitutas, na verdade somente uma... já que as outras diziam que estavam esperando alguém em plena 1 da manhã no meio de uma avenida com esquinas de prostituição...
As outras duas partes são fotografias de travestis, o que acabou sendo também objeto para o trabalho da pós-graduação.
Tá, depois do bla bla bla, gostei deste que li agora, dispensaria as rimas, mas ficou bom, bem construído, menos "sou um mano da periferia" e seus afluentes...


Beijos

xx FEIRA-ENTE xx disse...

Realmente essa parte não me agradou e nada...

"sou um mano da periferia"

Mas a vida é isso.. sobreviver em meio a rótulos alheios!

bjuzx

claudia disse...

falar o que?

adorei por aqui...

beijos

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