O VESTIDO DA LOLÔ


Segue aí o primeiro um donuts: som inédito do NucleaR Reggae Stylie. Uma bonus track chamada "O Vestido da Lolô", com participação da minha sobrinha de 4 aninhos, a Lorena. Lançamento do cd AO VIVO É MELHOR dia 11/2. Dale.

Sobre arte e egos deturpados

Uma discussão "artística" importante (ou não). Um vizinho aqui me indagou acerca de "você ganha dinheiro com sua arte?". Respondi sinceramente, sim, às vezes tiro quantias exorbitantes em espaço de tempo ínfimo. Tiro alguns salários mínimos no espaço de 45 minutos. Mas que, em 95% do tempo, chegar a esse montante é comparável a uma caminhada no deserto rumo à uma terra prometida que nunca chega. Aí ele veio com aquele papo do que eu deveria fazer para me tornar "famoso" e ter "retorno" com as coisas que faço. E lá vamos nós. Primeiro. E eu tentei explicar isso. Porque diabos eu me tornaria "famoso"? A concepção geral é que isso só me tornaria conhecido, comeria algumas interesseiras, mas, e aí? Se ser famoso significa que posso ter a oportunidade de ter uma vida melhor, passar por menos dificuldades, ficar tranquilo financeiramente, conviver com pessoas melhores e mais sábias e esclarecidas, aí eu quero ser famoso. Mas sabemos que na concepção geral e absoluta da nação e mundo, não é essa a perspectiva de "fama" que as pessoas tem em mente. E essa perspectiva deles, da qual prefiro nem entrar em questão, na moral, eu não quero. Aí o cara me pergunta do porque fazer arte se não ganho nada com isso, se não me preocupo em me degladiar para ser visto sendo que isso iria "me ajudar". Aí entra o ponto chave do pq eu eu comecei esse post. A resposta, ao menos em minha mente, é simples. A maioria das pessoas que criam, que desenvolvem arte, com o passar dos anos vão virando pai de família, vão se tornando garçons, engenheiros, operadores de telemarketing, motoristas de ônibus, advogados, médicos, enfim, com o passar do tempo, aquela veia artística morre neles e na alma deles. E pq diabos isso acontece? Por que eles criaram expectativas muito grandes visando um futuro imediato. Ou seja. Muitos deixam de viver correndo atrás de algo que na maioria quase absoluta dos casos não vai dar em nada. Buscam fama, dinheiro, sexo fácil com gente sem caráter. E, no fim, acabam batendo punheta de madrugada, pra mulher dele não perceber. Agora vem o ponto X da questão chave. E por que não fazer apenas por que você é isso, pq isso faz parte de você e isso é parte do seu todo. Não estou dizendo para abdicar de ter sucesso. Estou dizendo para criar arte independendo de resultados que só existem para o seu ego. Ou seja, leve sua vida, trabalhe, faça outras coisas, se especialize em outras vertentes, mas NUNCA deixe de criar, NUNCA use a desculpa da falta de tempo e SEMPRE tenha em mente uma nova criação. Faça com amor, coloque sua alma, corra atrás, sim, divulgue sim, fale com as pessoas sim, mas NUNCA deixe o resultado negativo te afetar a ponto de querer desistir. Você tem que fazer, seguir os trâmites, mas não deve esperar resultados que talvez só existam em sua mente. Foque na lua, atire para o céu, se não der em nada continue, pois caso você acredite que se não deu certo você tem que desistir de criar, amigo, então vai tomar no seu cú e sai fora daqui pq não te respeito. A maioria das pessoas que se esfriaram foi devido a muita gana e pouco suor, muita vontade de imediatismo e pouco trabalho focado em deixar um legado, muita busca de fama em vez de trabalho em autoconhecimento, buscaram muito o exterior e não trabalharam em sua parte interna e assim ficaram vazios a ponto de deixarem de lado, de matarem sua essência. Quando eu escrevi o Dançando Valsa Nos Salões Do Inferno. eu via que a maioria dos escritores que eu pedia ajuda para me publciar me viam como ameaça aos seus mundinhos, após lerem meu livro, sendo que tem espaço de sobra pra todos e, na encolha, me fechavam portas. Coloquei na internet e creio que ele já foi baixado mais de 20mil. Ou seja. Se eu ficasse naquela frustração de editoras, de "meus amigos não me ajudam", meu livro ao invés de ter sido apreciado MILHARES de vezes, ele estaria mofando numa pasta do windows. E hoje posso juntar a vendagem de todos que não me ajudaram que não dá um quarto do que eu consegui. Ou seja. Eles tem a "fama", eles aparecem no Entrelinhas, mas quem realmente atingiu as pessoas? Tome isso como exemplo e falo isso sem ser um discursinho tosco de autoajuda, mas, porra, essa é a porra da vida, brow. Fazer. Como diz aquele velho som "underground ou mainstream a maioria é igual pra mim, caminhos diferentes que levam para o mesmo fim". Resumindo, quanto mais eu fizer e menos olho gordo tiver, mais eu vou continuar fazendo, sem medo de frustrações, mas, claro, sempre objetivando bons resultados daquilo que faço. Se virar, virou. Se a grana vier, se a fama vier, abrace com todas as forças, mas saiba que esse é um mundo fútil, onde amigo só te suga, garota só te chupa, portanto mantenha sua qualidade interior para não acabar se jugando do vigésimo segundo andar de um prédio por que sua "faminha" acabou. O amor é interno, ninguém de fora pode te dar isso. Nem "quem te ama" tem esse poder. Busque o sucesso da sua mente, antes de tudo.

Outro

NucleaR Reggae Stylie​ na reta final. Vou comemorar chapando a mente com uma salada de brócolis e ficar doidão tomando um suco de limão. Queria até discorrer sobre isso. Sobre a lenda do escritor quebrado e bêbado. Sobre a lenda do vocalista drogadão. A lenda do performer entupido de LSD. Enfim. SÂO LENDAS. Creio que qualquer pessoa altamente influenciável, que sofre com as "pressões" sociais de grupos específicos, que não se encontrou psicologicamente e procura o afeto que não encontrou em seus pais (na fase de 1 à 5 anos), que precisa demonstrar para alguém que ele(a) faz "parte de algo", e sofre de uma infantilidade inconsciente, vai cair em algo que chamo, nada carinhosamente, de "Síndrome de Bukowski". Essa síndrome descreve pessoas quais vivem "personas", vivem em personagens criados por outrem, acreditando que elas são autênticas, são "excluídas", são "únicas" e "incompreendidas". São personagens criadas por modismos de épocas e muitas vezes são arquitetadas por uma indústria que está tentando atingir setores menores de uma "sociedade" (Leia-se a "Cultura Beat", por ex). Vê-se essa síndrome em punks, rastafaris, alternativos, hypes e esses modernetes quais esqueci o nome atual, pois estou cagando para eles e etc. Eu creio em liberdade. E creio que essas pessoas tão descoladas, no fundo, querem ser livres, mas ao tentarem expressar sua liberdade eles acabam caindo na velha mesmice e seguem um líder e seguem uma moda e seguem um estilo e seguem toda uma gama de atitudes iguais a de milhares de outras pessoas na cidade. Ou seja. Quanto mais essas pessoas querem expressar uma unicidade, mais eles são meras cópias. Mas o que quero dizer é: essas pessoas, essas cópias industrializadas de estilos e pensamentos maquinais querem ditar o que é "legal". Ou seja. Se eu, ex-adicto, decido tomar um suco em uma balada, ao invés de tequila, eles vão tentar, de alguma forma, me excluir de um grupo ao qual eu não tenho o mínimo interesse de participar. Ao escrever que vou comemorar comendo salada de brócolis eu já estou automaticamente sendo excluído por várias pessoas que me admiravam quando eu vivia emaconhado 24/7. Aí que está a parada. Eu creio na liberdade individual. Como disse alguém "Mesmo eu não concordando com você vou defender seu direito de dar sua opinião". Só acho uma imbecilidade alguém querer me definir, querer que eu faça algo que ELA QUER QUE EU FAÇA para que eu seja exatamente aquilo que ela acha que eu seja. Vão se foderem. Enquanto vocês se guiarem para serem aceitos por grupos, enquanto vocês copiarem a atitudes de seus líderes e ídolos, vocês NUNCA serão ninguém. Respeito a opinião, mas isso não me exclue de achar esse povo como dementes retardados. O incrível é que quando eu chapava ficava triste por ter a sensação de não estar inserido nas paradas. Agora hoje eu saio na noite e se eu quiser (e reparam, eu disse: se eu quiser), eu "pego" 4, ou 5 mulheres na noite e eu decido se vou sair com alguma depois por que eu estou no comando do que eu quero fazer, por que eu sou livre e não preciso de grupo e não preciso provar nada a ninguém, não preciso de aprovação, nem validação alheia e meu ego não vai se ferir se tudo der errado, se eu for excluídinho de uma situaçãozinha, simplesmente por que tenho a mim. Eu sou a porra da festa. Eu sou a porra do meu grupo. Eu lidero. Eu comando. Eu decido as sendas. Não preciso vestir o manto de artista. Por ex. O cara é um puta dum playboy, que vive bem pra caralho, mas para a "massa" ele diz ser um cara quebrado e bêbado que faz literatura por que seu gatinho morreu -- e isso é o maior drama da porra do universo (Síndrome de Bukowisk). A arte é a expressão maior da liberdade da alma humana e esse povo veste mantos e vestem máscaras e acreditam que todos devem seguir um roteiro não escrito de como agir ou ser. Por ex. Se o cara curte Nirvana tem que tomar heroína. Se o cara curte rap tem que só falar de favela e "realidade". Mas aí tem outra parada. A realidade depende única e exclusivamente do observador, mas nem vou entra nessa questão. Só acho uma imbecilidade essa coisa de ter que "cumprir rituais de ser". Não. Os ritos que se fodam. Os roteiros que tomem no cú. Eu faço o que eu quiser, da maneira que eu quiser e em minha opinião essa é a maneira mais correta de se viver, sem provar nada, sem buscar validação (concorde você ou não). Antigamente eu tinha preconceito com sertanejos, com funkeiros e até com caras de cabelo espetado, mas, porra, quem sou eu pra me doer ou me preocupar com a imbecilidade alheia? Eles são livres pra viver da maneira mais imbecil que quiserem, mesmo que eu não concorde. O problema é que não se vive para si, mas para os outros e estou num ponto da minha vida em que, cenicamente falando, os outros nem existem. Vocês e suas opiniões, para mim, são como placebo queimando fogueira. Passar bem.

A ODISSEIA NATURAL - CLIPE EM PRIMEIRA MÃO

MaicknucleaR - Jan/16

Brand new year. Brand new Atomic Man.
MAICKNUCLEAR JAN/19 - FOTO PRO CHICO TCHELLO

BLESSED

BRISADO -

PRIMEIRA DO ANO

SILVERTAPE

O requinte da Era de Ouro da Rádio Brasileira transformado em samples insanos.