Sangue azul
O arauto anuncia:
Salvem a Rainha, pois ela está viciada em crack e trocou a coroa de ouro por duas pedras de diamante.
O Rei abusa sexualmente de suas fiéis servas de setenta e um e súditas de quatorze, pondo lhes o cetro real no buraco da hóstia que era comida pelo padre para que os cristãos não soubessem que tal dama já não era mais pura.
A Princesa anda pelas ruas do vilarejo apoiando o corpo em qualquer janela de carroça que lhe ofereça alguns dobrões de ouro e engole qualquer espada de qualquer cavalheiro.
Este nobre sangue azul drogado que escorre por meu pulso após o corte que fiz a mando de uma feiticeira dona da casa de favores. Escorre azul e cristalino como uma cachoeira de mentiras.
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